4/30/2007

O teu espaço inundou-me
ocupou-se de cada forma do meu corpo
Tropeçou em mim e espalhou-me em ti
entornou-se alma das duas nos desertos de nós
o desenho dos nossos ângulos a unirem a pertencerem
de forma inata..
surgimos como a perfeita conjuntura do verbo Amar
entro te e imprimo-me de fora para dentro de ti
e tu repetes..


4/20/2007


e depois ninguém fala, e cada

coisa actua

sobre cada coisa, e tudo o que é visível abala

o território invisível.


by Herberto Helder




movimento próprio da minha íntima musicalidade


4/17/2007

Hoje. Dedico tudo a ti.
a noite
as estrelas
as escadas
o lume e os cigarros
os sons os cheiros
as tasquinhas escondidas
o tinto e o branco
os corpos
a dança deles
o voo de olhos fechados
Hoje.E o Amanhã.

4/08/2007



sou o vagabundo mais feliz que existe, Bom Dia Alegria





















fotografia do grande Sr. Cartier Bresson

4/02/2007

A linguagem consegue ser tão preversa ao ponto de levar os sentidos a tropeçar e a cair em quartinhos escuros with no way out. É tão fácil para ti apontar-me e descreveres corrosivamente sobre o que não sou capaz. Como é forte o teu verbo. Faz despoletar bolinhas gigantescas de tristeza, aqui dentro, que me engole espaçadamente, entre pausas verticais, para que não te escape nada sobre as minhas fraquezas. Sufoca-me essa tua necessidade do imediato, das fronteiras de limite, da diversa gama de sinalização que criaste para mim.. só para mim.
És sublime na correção, sim senhor, palmas e bravo..bis.. para as tuas fantásticas demonstrações, interpretações e convocações.
agora que temos o nosso mundo.. seco de ar com chão de ventres inférteis..